Os momentos em que você sente que está fazendo algo tolo são momentos muito raros de sabedoria.
Procurar é tolice, porque já temos o que estamos procurando. Meditar é tolice, porque a meditação é um estado de não fazer. Perguntar é tolice, porque a resposta não pode vir de fora - ela somente pode vir de seu próprio coração. Na verdade, ela não pode vir como uma resposta, ela virá como um crescimento. Ela será um desabrochar, um florescer de seu ser.
Mas os momentos em que você sente que está fazendo algo tolo são momentos muito raros de sabedoria. Você nem sempre pode se sentir tolo, ou se iluminaria! Na tradição do zen, este incidente se repete continuamente, em todas as épocas e com todos os mestres: alguém vem, diz que gostaria de saber como se tornar um buda, e o mestre bate muito forte nele porque a questão é tola. Algumas vezes aconteceu de a pessoa se iluminar com a primeira pancada do mestre, se ela estava realmente preparada e no limiar. Ela foi capaz de perceber, naquela pancada, que foi tolice perguntar como ser um buda, porque ela já era um!
Aos poucos, essas coisas irão acontecer a cada buscador. Enquanto meditando, subitamente pode ocorrer um raio de luz e você perceber que isso é tolice. Mas esses são momentos muito raros de sabedoria. Somente um sábio pode se sentir tolo. Tolos nunca sentem que são tolos; eles acham que são sábios. Esta é a definição de um tolo: ele acha que é sábio. E um sábio é aquele que veio a saber que tudo é tolice.