192 - Quebrando Pontes

Sempre é bom quebrar pontes que o ligam ao passado. Assim, você retém uma vivacidade, uma inocência e nunca perde a própria infância. Muitas vezes você precisa quebrar todas as pontes para ficar limpo e novamente começar do abecedário.

Sempre que você começa algo, você é de novo uma criança. No momento em que você começa a pensar que chegou, é tempo de novamente quebrar pontes, porque isso significa que um entorpecimento está se estabelecendo. Agora você está se tornando apenas uma entidade, uma comodidade no mercado. E qualquer um que queira ser criativo precisa morrer todos os dias para o passado; na verdade, morrer a cada momento, porque criatividade significa um renascimento contínuo. Se você não renascer, tudo o que você criar será uma repetição. Se você renascer, somente então algo novo poderá vir de você.

Mesmo grandes artistas, como poetas e pintores, chegam a um ponto em que ficam continuamente repetindo a si mesmos. Algumas vezes acontece de seu primeiro trabalho ser o mais notável. Kahlil Gibran escreveu O profeta quando tinha apenas vinte ou vinte e um anos, e esse foi seu último grande trabalho. Ele escreveu muitos outros livros, mas nada atinge o apogeu do primeiro. De uma maneira sutil, ele segue repetindo O profeta.

Assim, um artista, um pintor, um poeta, um músico, um dançarino, alguém que precisa criar algo novo a cada dia, tem uma imensa necessidade de se esquecer tão completamente do passado a ponto de não existir nenhuma lembrança dele. A lousa está limpa e, a partir desse frescor, nasce a criatividade.


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