Muitas vezes acontecem vislumbres do satori, da iluminação, mas você não pode mantê-los. Não se preocupe por não poder mantê-los por mais tempo. Esqueça tudo isso. Lembre-se simplesmente da situação na qual ele aconteceu e tente revivê-la repetidamente.
A experiência não é importante. O importante é como você estava sentindo a situação. Se você puder recriar aquela situação, a experiência acontecerá novamente. A experiência não é importante, a situação é que é importante: como você estava se sentindo? Fluindo, amando... qual era a situação? Podia haver música, as pessoas podiam estar dançando, comendo... Lembre-se do sabor da comida, ou de uma bela pessoa a seu lado, de um amigo conversando com você... e, de repente... Lembre-se do aroma no qual aconteceu, o ambiente... Tente recriar aquele ambiente. Sente-se em silêncio e tente novamente recriar aquela situação.
Algumas vezes acontece acidentalmente. Toda a ciência da ioga se desenvolveu a partir de acidentes. Na primeira vez, as pessoas não estavam procurando o satori; como poderiam saber a respeito? Na primeira vez aconteceu em uma certa situação, e elas ficaram conscientes. Começaram a procurá-lo, a procurar métodos para alcançá-lo. Naturalmente elas concluíram que, se a situação pudesse novamente ser criada, talvez a experiência se seguisse. E assim, por tentativa e erro, as ciências da ioga, do tantra e do zen se desenvolveram. Levaram séculos para desenvolvê-las.
Mas todos precisam descobrir em qual situação o seu satori começa a borbulhar, o samádi começa a acontecer. Cada um precisa sentir qual é sua própria maneira. Se você estiver ligeiramente alerta, após algumas experiências será capaz de criar essas situações.