Quando alguma coisa desabrocha dentro de você, não salte sobre ela intelectualmente, ou matará a flor. Você tirará as pétalas para ver o que tem dentro, mas, nessa própria dissecação, a flor se vai.
A ironia é que, se você quiser saber o que é uma flor e tirar as suas pétalas, nunca saberá o que é a flor. Tudo o que você vier a saber sobre ela dessa maneira será sobre uma outra coisa - talvez sobre os componentes químicos da flor, sobre os componentes físicos da flor, sobre sua cor, sobre isso e aquilo, mas nada disso terá referência à beleza. Essa beleza desaparece no momento em que você a disseca e destrói.
O que você tem agora é apenas a memória da flor, e não a flor real. E tudo o que você souber sobre ela, saberá sobre uma flor morta, e não sobre uma viva. E aquela vida era a própria matéria, era a coisa real; aquela flor viva estava crescendo, desabrochando, liberando fragrância. E assim é o caso com o desabrochar interior.
A meditação trará muitos novos e belos espaços, mas, se você começar a pensar a respeito o que eles eram, por que aconteceram, o que afinal de contas eles significavam, trará a mente para dentro da experiência, e a mente é veneno. Dessa maneira, em vez de aguar a flor, você a envenenou. Meditação é a dimensão diametralmente oposta da mente. Assim, não traga a mente. Desfrute! Aconteceram boas experiências, e mais e mais experiências de maior significado estarão vindo esse é apenas o começo. Permaneça aberto e disponível.