98 - Movimento e Quietude

Na circunferência é uma dança, e no centro é uma absoluta quietude.

A meditação não se dá somente quando você fecha os olhos e se senta em silêncio. Na verdade, no fundo, quando Buda está sentado, sem se mexer, em silêncio sob a sua árvore bodhi, existe uma dança em seu interior, a dança da consciência. É claro que ela é invisível, mas a dança está presente, porque nada permanece em inatividade. Inatividade é uma palavra irreal; na realidade, nada corresponde à inatividade.

Depende de nós: podemos fazer de nossa vida apenas uma agitação ou uma dança. A inatividade não está na natureza das coisas, mas podemos ter um estado de agitação muito caótico que é a infelicidade, a neurose, a loucura. Ou podemos ser criativos com essa energia, e a agitação deixa de ser agitação. Ela se torna suave, graciosa, começa a tomar a forma de uma dança e de uma canção. E o paradoxo é que, quando o dançarino estiver totalmente na dança, haverá inatividade - o impossível acontece, o centro do ciclone. Mas essa inatividade não é possível de nenhuma outra forma. Quando a dança for total, somente então essa inatividade acontecerá.

Há um centro para toda essa dança. Ela não pode continuar sem um centro. A periferia está dançando, a circunferência está dançando - para conhecer o centro, a única maneira é tornar-se uma dança total. Somente então, em contraste com a dança, você subitamente ficará consciente de algo muito quieto e muito sereno.


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