Quando você está completamente silencioso e sereno e não há movimento na mente, começa a se sentir como o grande ponto culminante da montanha, coroado de neve.
As montanhas sempre atraíram os meditadores. Existe algo nas montanhas – silêncio, serenidade, absoluta imobilidade, ausência de tempo. A montanha permanece praticamente imutável e a maneira como ela se assenta representa um tipo de centralização. É como se a montanha estivesse em uma profunda centralização; tudo está centrado dentro. Buda sentado sob uma árvore parece uma montanha. E não é por acaso que as primeiras estátuas feitas no mundo foram de Buda, e feitas de pedras – apenas uma rocha, sem se mexer, sem tempo, imortal, centrada em si mesma.
Os movimentos da mente – pensamentos, desejos, imaginação e memória – criam a infelicidade. Quando não existe movimento de pensamentos e desejos, a mente desaparece. Você existe, mas não há mente. Esse estado de não-mente lhe dará o vislumbre da montanha interior.