Muitas pessoas entraram na existência através do crepúsculo.
Na Índia, a palavra sandhya – “crepúsculo” – tornou-se sinônima de prece. Se você abordar um hindu ortodoxo que está rezando, ele dirá: “Eu estava fazendo sandhya – eu estava fazendo o meu crepúsculo.” Quando o sol se ergue, exatamente antes do alvorecer, existe uma grande mudança. Toda a existência passiva se torna ativa. O sono é quebrado, os sonhos desaparecem. As árvores, os pássaros e a vida em todos os lugares surgem novamente. Trata-se de uma ressurreição, de um milagre todos os dias. Se você se permitir fluir com isso naquele momento, poderá se erguer a um ponto muito elevado.
E a mesma mudança acontece de novo quando o sol se põe. Tudo se aquieta, se acalma. Uma tranquilidade, um profundo silêncio permeia a existência. Naquele momento você pode atingir a própria profundidade. Pela manhã você pode atingir grandes alturas, e ao anoitecer pode atingir grandes profundidades, e ambas são belas. Eleve-se ou se aprofunde. De ambas as maneiras você transcende a si mesmo.