A natureza pretende que todos sejamos imperadores. A natureza cria somente reis e rainhas, mas nunca aceitamos isso; parece bom demais para ser verdade.
A bem-aventurança é o único critério para saber se você está se aproximando da verdade ou não. Quanto mais perto você estiver da verdade, mais bem-aventurado você estará; quanto mais distante da verdade, mais aflito. A aflição nada mais é do que distância da verdade, e a bem-aventurança é proximidade, intimidade. E, quando você se tornar um com a verdade, haverá a bem-aventurança suprema, a qual não pode ser tirada, porque toda distância desapareceu, todo espaço entre você e a verdade desapareceu.
A verdade existe no âmago central de nosso ser, mas existimos na periferia. Vivemos na varanda do palácio e nos esquecemos completamente do palácio. Decoramos nossa pequena varanda e achamos que ela é tudo o que existe. Somos mendigos autocondenados. A natureza pretende que todos sejamos imperadores. A natureza cria somente reis e rainhas, mas nunca aceitamos isso; parece bom demais para ser verdade. Estamos felizes em nossa aflição. A aflição dá algo: o ego. A aflição dá o ego, e a bem-aventurança o elimina.
Gostaríamos de ser, mesmo se formos infelizes; não desejamos desaparecer. E esse é o jogo de azar. Você precisa desaparecer, e somente então a bem-aventurança e a verdade serão possíveis.