Não existe resposta. Existem somente dois estados da mente: repleta de perguntas e vazia de perguntas.
A maturidade está chegando a um ponto em que você pode viver sem respostas; maturidade é isso. E viver sem respostas é o ato mais notável e o mais corajoso. Então você não é mais uma criança. A criança fica fazendo perguntas, desejando respostas para tudo. A criança acredita que, se ela puder formular uma questão, deverá haver uma resposta, deverá haver alguém que possa responder.
Chamo isso de imaturidade. Você acha que, por poder formular uma pergunta, fatalmente haverá uma resposta; talvez você não a saiba, mas alguém deve saber a resposta e algum dia você será capaz de descobri-la. Não é assim. Todas as questões são obras do ser humano, elaboradas pelo ser humano.
A existência não tem resposta. A existência existe sem respostas, completamente silenciosa. Se você puder abandonar todas as questões, acontecerá uma comunicação entre você e a existência. No momento em que você abandonar as questões, você abandonará a filosofia, a teologia, a lógica e você começará a viver. Você se tornará existencial. Quando não há questões, esse próprio estado é a resposta.