280 - Vislumbres

Sempre começa com vislumbres, e é bom que seja assim; uma abertura repentina do céu seria demasiada, insuportável. Se a realização acontecesse muito repentinamente, você poderia enlouquecer.

Algumas vezes você pode ser tolo o bastante para entrar em alguma realização de uma maneira muito repentina, o que pode ser perigoso, porque ela será demasiada para você; você não será capaz de absorvê-la. A questão não é a realização em si, mas como digeri-la aos poucos, de tal modo que ela não seja uma experiência, mas que se torne seu ser. Se for uma experiência, ela virá e irá embora, e permanecerá como um vislumbre. Nenhuma experiência pode ser permanente – somente o seu ser pode ser permanente.

E não seja ambicioso em relação a questões interiores. A ambição é ruim mesmo em questões exteriores, e muito ruim nas interiores. Ela não é tão perigosa se você for ambicioso em relação ao dinheiro, poder e prestígio, porque essas coisas são fúteis, e, se você for ambicioso ou não, não faz muita diferença. Mas, quando você se move no caminho interior, a ambição pode acabar com muitos propósitos. Muitas pessoas ficaram praticamente loucas. Poder ser ofuscante demais para seus olhos, e elas podem ficar cegas.

Sempre é bom vir e ir. Deixe que seja um ritmo constante, de tal modo que você nunca esteja fora do mundo e nunca dentro do mundo. Aos poucos você perceberá que o transcendeu. Esse processo precisa ser muito gradual – como o de uma flor, que se abre muito gradualmente a ponto de não se perceber quando a abertura realmente aconteceu.


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