A mente segue encolhendo – à medida que você envelhece, a mente fica cada vez menor e cada vez mais medíocre. Não é por acaso que os velhos começam a ser um pouco medíocres.
Muitos velhos estão sempre raivosos, irritados e incomodados sem uma razão particular. A razão é que eles perderam o coração em sua vida. Eles viveram somente pela mente, que não sabe como se expandir; ela sabe somente como se encolher. Quanto mais você conhece, menor a sua mente.
O ignorante tem uma mente maior do que o erudito, porque o ignorante nada tem na mente, e há espaço. O erudito está muito cheio de conhecimento, e não há espaço. O coração é um outro nome para o espaço interior.
Assim como existe o espaço exterior – o céu sem fronteiras, não existe limite para ele –, exatamente da mesma maneira o céu interior também é ilimitado. Precisa ser assim; se o exterior é infinito, o interior não pode ser finito, ele precisa equilibrar o exterior, ele é o outro pólo. O céu interior é tão grande quanto o exterior, exatamente na mesma proporção.
A meditação não deve acontecer na cabeça. Ela não pode acontecer ali, e tudo o que acontecer ali será somente uma imitação da meditação, já vinda da mente, não é real. A real sempre acontece no coração. Assim, lembre-se: quando falo de despertar, estou falando do despertar do coração. Isso não deve ser entendido somente como uma doutrina; isso precisa ser experimentado, precisa se tornar seu estado existencial.