O filósofo inventa a verdade; ela não é uma descoberta, mas a invenção intelectual do filósofo.
A verdade não é para ser inventada. Tudo o que for inventado não será verdadeiro. A verdade já está aqui. Você precisa expô-la, descobri-la. Não há necessidade de inventá-la, porque tudo o que você inventa será falso. Você não sabe o que é a verdade; como a inventar? Na ignorância, tudo o que for inventado será apenas uma projeção da ignorância. A verdade não pode ser inventada; pode somente ser descoberta, porque já existe.
O segundo ponto é que nenhuma cortina está cobrindo a verdade. A cortina está sobre seus olhos. A verdade não está oculta; ela é absolutamente clara, bem na sua frente. Para onde você olhar, estará olhando para a verdade. Tudo o que você fizer, estará fazendo para a verdade. Você pode ou não conhecê-la, esse não é o ponto.
O autêntico buscador da verdade é aquele que não inventará, que não suporá, que não inferirá, que não fará um silogismo lógico, que será simplesmente receptivo, aberto, responsivo, vulnerável e disponível à verdade. Um buscador da verdade precisa aprender a ser infinitamente passivo e paciente, a ter a atitude de quem espera. A verdade lhe acontece sempre que você estiver aberto.