Sua juventude é proporcional à sua flexibilidade. Observe uma pequena criança - tão delicada, terna e flexível. À medida que você envelhece, tudo se torna rígido, duro, inflexível. Mas, se você permanecer flexível, poderá permanecer absolutamente jovem até o momento de sua morte.
Quando você está feliz, você se expande. Quando você está com medo, você se encolhe, se esconde em sua concha, porque, se sair, poderá haver algum perigo. Você se encolhe em todos os sentidos: no amor, nos relacionamentos, na meditação... em todos os sentidos. Você se torna uma tartaruga e se recolhe para dentro.
Se você ficar continuamente com medo, como vivem muitas pessoas, aos poucos a elasticidade de sua energia será perdida. Você se torna uma represa estagnada, deixando de fluir, deixando de ser um rio. Então, a cada dia você se sentirá mais e mais morto.
Mas o medo tem um emprego natural. Quando a casa está pegando fogo, você precisa escapar. Não tente ficar destemido nessa situação, ou será um tolo! Deveríamos ser também capazes de nos recolher, porque existem momentos em que precisamos interromper o fluxo. Deveríamos ser capazes de sair, de entrar, de sair, de entrar... Isto é flexibilidade: expansão, recolhimento, expansão, recolhimento... É como o respirar. A pessoa muito medrosa não respira profundamente, porque mesmo essa expansão traz o medo. Seu tórax se encolhe, ela fica com o tórax encovado.
Assim, tente descobrir maneiras de fazer sua energia se mover. Algumas vezes até mesmo a raiva é boa, pelo menos ela move a sua energia. Se você tiver de escolher entre o medo e a raiva, escolha a raiva. Mas não vá ao outro extremo. A expansão é boa, mas você não deve se viciar nela. A qualidade mais importante a ser lembrada é a flexibilidade, ou seja, a capacidade de se mover de um ponto a outro.