Um dos discernimentos mais significativos é entender que não era amor o que você até então chamou de amor. Quando isso acontece, muito se torna possível.
As pessoas insistem em achar que amam, e essa se torna sua maior ilusão – e quanto mais cedo elas ficarem desiludidas, melhor. O amor é algo tão raro que não pode estar facilmente disponível a todos. Ele não está; é tão raro quanto o estado búdico, e não menos do que isso.
Saber que você não conhece o amor é um bom discernimento, mas isso o deixará triste e até mesmo lhe dará um certo desânimo. Mas não se preocupe, porque, a partir de uma noite escura, nasce a manhã. Quando a noite estiver mais escura, a manhã estará mais próxima. Você ficará muito sombrio, porque todo o seu passado você desvelava como amor não era amor, e você viveu em sonhos e perdeu a realidade. Quando esse discernimento despontar em você, você ficará muito triste, quase morto. Não tente escapar desse estado, relaxe nele, deixe-se mergulhar nessa tristeza, e logo sairá dela completamente novo.
A tendência humana é não permitir a tristeza, é escapar dela – ir ao restaurante, ao cinema, encontrar amigos ou fazer qualquer outra coisa que o leve a escapar desse estado. Mas, se você escapar, novamente perderá algo que iria acontecer. Assim, relaxe nesse estado.